Ontem exibimos na Escola Monsenhor Leonardo Barreto a mostra que
preparamos sobre poesia. Dois filmes bem diferentes, na época em que
foram feitos, na estrutura narrativa e nos poetas que representam: “O
poeta do castelo” (1959), de enquadramentos precisos e música
clássica e “Miró – preto, pobre, poeta e periférico” (2008),
de estrutura irregular e poesia pulsante.
Em de vez debate, fizemos
uma dinâmica de grupos. Esses deveriam responder qual a diferença
entre o poeta do primeiro filme e o poeta do segundo e se uma poesia
ainda é poesia quando deixa de lado a temática do amor e vai falar,
por exemplo, da violência. Depois, cada grupo se somava a outro e,
juntos, deveriam escolher a 'melhor' resposta para cada pergunta. Por
último, esses grupos elegeriam um representante para revelar a turma
toda as respostas escolhidas. E foi ao longo desses meandros todos
que o debate se deu. Transcrevo aqui as respostas – as que a debandada geral depois do sino me permitiu recolher - de alguns grupos da turma de terceiro ano da
Monsenhor:
- São realidades distintas, com finalidade de retratar suas
realidades, Manoel trata do desespero de sua chaga, Miró relata sua
sociedade, seu modo de vida, injustiças, medos, frustrações.
Poesia não trata somente de amor, paixão, mas também serve para
expressar pensamentos, realidades, enfim, o que se vê, o que se
pensa, o que se diz.
- O modo de se expressar do primeiro é diferente do segundo pois
o primeiro fala sobre o amor e o segundo sobre a dificuldade da
sociedade. (…) Não, pois a poesia podemos expressar de várias
maneiras tanto como amor (ou) morte etc...
- O mundo não é só de amor, mas é o amor que move o mundo.
mimimi
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